A Bíblia é um livro especial, diferente de qualquer outro livro no mundo. Na verdade, a Bíblia é uma antologia, ou seja, uma coleção de livros – ao todo, a Bíblia tem 66 livros, sendo 39 livros do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento. Esses livros foram escritos por cerca de quarenta pessoas diferentes, ao longo de 1.400 anos! Entre os escritores estão gente de todo tipo, origem e classe, de pastores de ovelhas a reis, de pescadores a profetas.
Os 66 livros da Bíblia foram produzidos em diferente épocas e levaram um longo tempo até serem agrupados. E apesar de toda essa diversidade no seu milenar processo de criação, a Bíblia é um livro todo coeso, inspirado por Deus (2 Timóteo 3:16-17) e destinado a levar as pessoas a conhecê-lo.
Tudo sobre a Bíblia é muito interessante. Nesta matéria, veremos que embora a Bíblia seja uma coleção de livros com uma mensagem única, existem muitas diferenças entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
As diferenças entre o Velho e o Novo Testamento
Período de tempo
Há uma diferença no período de tempo do qual tratam os dois testamentos. Os livros do Antigo Testamento foram escritos desde a época de Moisés até cerca de 400 AC, o que dá um período de aproximadamente 1.000 anos. Os livros do Velho Testamento tratam a respeito de uma série de eventos desde a criação do Universo, do homem e da mulher, o dilúvio, diversos conflitos, cativeiros e governos de Israel, até o retorno do povo judeu a Jerusalém.
Já os livros do Novo Testamento foram escritos aproximadamente entre 50 d.C. e 150 d.C, e incluem cartas de pessoas que conviveram e foram impactadas por Jesus Cristo.
Diferenças de abordagem
O Antigo Testamento narra o poder e as obras de Deus, apontando e aguardando a vinda do Messias. Quase todo o Antigo Testamento fala sobre o povo de Israel, o povo escolhido por Deus, do qual viria Jesus Cristo. As muitas genealogias nesses livros atestam isso – há uma linhagem de Adão a Abraão a Davi a José, que culminará em Jesus de Nazaré.
O Novo Testamento revela Jesus como o Messias, relembrando sua vida e seus ensinamentos como fundamento da igreja e propagação do Evangelho. A partir de então, não há mais distinção entre judeus, o povo de Israel, e gentios, que seriam todos os outros povos não judeus. Agora, justo é todo aquele (nascido judeu ou não) que crê em Jesus Cristo e em seu sacrifício, e o aceita como Senhor e Salvador.
Diferença na profecia
A maioria das profecias do Antigo Testamento apontam para o futuro, e não foram cumpridas no momento da conclusão do Antigo Testamento.
O Novo Testamento, por sua vez, destaca o cumprimento de muitas das profecias do Antigo Testamento, incluindo mais de 300 profecias só na vida de Jesus Cristo.
Diferença na prática da adoração
Grande parte do Antigo Testamento enfocou o tabernáculo ou templo como o local central de adoração. Muitos detalhes e orientações específicas estão ali descritos, bem como a descrição de oferendas, festivais e práticas relacionadas. Há muito cuidado com o fazer correto para agradar ao Senhor.
No Novo Testamento, isso praticamente se encerra, já que Jesus se ofereceu como centro de adoração, afirmando ser o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém poderia vir ao Pai senão por ele:
Respondeu Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
João 14:6
Diferença na aliança
O Antigo Testamento enfatizou a aliança de Moisés com foco na Lei do Senhor. O povo de Israel se esforçava para seguir a lei à risca.
O Novo Testamento deu início a uma nova aliança, na qual Jesus veio como cumprimento da Lei. Tanto o povo judeu quanto os não judeus não precisavam mais cumprir a Lei para serem salvos: Jesus venceu a morte e o pecado na cruz, ressuscitou e oferece perdão e vida eterna a todos que creem nEle.
Diferença de tamanho
O Antigo Testamento inclui 39 dos 66 livros da Bíblia e representa aproximadamente três quartos de toda a Bíblia. O Novo Testamento inclui 27 livros, incluindo quatro Evangelhos, um livro de história (Atos), 21 cartas e um livro de profecia (Apocalipse).
De muitas maneiras, o Antigo Testamento serve como base para o Novo Testamento, e a todo momento aponta para o Messias que só seria revelado no Novo Testamento. Em vez de uma mensagem completamente nova, o Novo Testamento revela como Jesus cumpriu as profecias do Velho Testamento sobre o Messias e lista muitos de seus ensinamentos e milagres, juntamente com os escritos de seus primeiros seguidores, os apóstolos.
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