Terremoto na Turquia: Quando as Catástrofes Acontecem

Em todo tempo desejamos que o bem nos alcance e que a paz reine em nosso coração e mente; mas nem sempre é assim. Estar vivo implica na possibilidade do bem, mas também de coisas ruins acontecerem. Há alguns dias fomos impactados e ficamos estarrecidos com a notícia de uma catástrofe sem precedentes que atingiu o Sul da Turquia e cidades da Síria.

Um terremoto de 7,8 de magnitude produziu uma destruição enorme tendo como resultado, até agora, mais de 11.000 mortos em terras turcas e quase 3.000 mortes na Síria. Se não bastasse tamanha tragédia, é inverno naquela região e as temperaturas são quase negativas, os sobreviventes que estão desabrigados fazem fogueiras para se aquecer.

E alguns dos dramas para quem está nos escombros é a falta de água e oxigênio, a escassez desses itens básicos vai resultar fatalmente em desidratação e outras doenças graves.

A causa dos tremores deve-se, em parte, ao fato da Turquia ficar “espremida” entre três placas tectônicas — as grandes estruturas rochosas que ficam na crosta da terra — e que se atritam: a da Eurásia, ao norte; a da África-Arábia, ao sul e a da Anatólia.

Como resultado, em 1999 mais de 1.7000 pessoas morreram com um terremoto naquela região. E em 1939 o país já havia vivido uma desgraça ainda maior, um abalo sísmico que matou mais de 30.000 pessoas. Os especialistas dizem que o desta semana foi maior que os dois.

Quando as catástrofes acontecem somos nocauteados pela vida; somos jogados contra o chão e a contagem regressiva é aberta contra nós. Uma série de perguntas surgem e a própria fé é questionada, pois quando não temos respostas objetivas com respeito aos acontecimentos negativos, imediatamente colocamos a razão em xeque. “Por que Deus permite tudo isso? ” Precisamos compreender que a fé não evita a dor, mas nos ajuda no enfrentamento. A fé não é para trazer todas as respostas, mas para nos ajudar a refazer as perguntas de maneira honesta, tanto para vivermos quanto para morrermos.

A Bíblia nos ensina que o mundo seria marcado por diversos tipos de catástrofes, como guerras e terremotos, e nos ensina ainda que deveríamos nos preparar para tempos assim. Não queremos que momentos como esses aconteçam e preferimos nos preparar para a vitória do que para a derrota, mas se desejamos caminhar com maturidade precisaremos aprender a lidar muito mais com a dor que com a alegria.

Quando as calamidades acontecem somos lembrados que existem limites na vida e que sozinhos a nossa própria limitação se evidencia. Mas em meio às dores, abre-se a oportunidade para a solidariedade, para oferecer e receber ajuda sem perspectiva de troca, para em meio às perdas acharmos pessoas e quem sabemos nos achar também. Nos lembramos que Jesus foi chamado de “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Isaías 53. 3) e por isso, Ele pode se condoer de nossas mazelas mais agudas e do nosso sofrimento mais dilacerante.

Somos lembrados, sobretudo, que se nEle nossa esperança não está imitada a esta vida e que a eternidade é o lugar aonde Deus deseja que todos nós construamos a nossa existência, pois lá não haverá dor e Ele enxugará dos nossos olhos toda lágrima. E até lá, enquanto aqui estivermos, que nosso investimento seja para aliviar o sofrimento do outro, seja ele qual for, por meio de nossas ações ou quem sabe, levando até Deus uma simples oração.

terremoto na turquia
Prédio destruído após terremoto em Diyarbakir, Turquia, nesta quarta-feira (8) — Foto: Sertac Kayar/Reuters

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