Importância da atividade física para o bem-estar e a saúde mental

Existem várias razões para decidir cuidar de si mesmo e ser saudável. Dentre elas, é possível destacar pelo menos três pelas quais os cristãos não devem negligenciar a sua saúde: é uma forma de glorificar a Deus, ao cuidar do seu corpo, que é o templo do Espírito Santo; é uma maneira de ganhar energia, assim você estará melhor equipado para viver o que Deus preparou; é um bom testemunho, acessível a todos. E, quando se fala em saúde, é impossível não mencionar a atividade física.

Importância da atividade física para o bem-estar e a saúde mental
A atividade física participa da liberação dos hormônios da felicidade | Banco de Imagens Unsplash

Os exercícios físicos sempre foram considerados uma “válvula de escape”. Hoje, com as tensões e a ansiedade, tornam-se ainda mais essenciais, tanto para o bem-estar do corpo quanto para a saúde da mente.  Sabendo disso, conheça alguns benefícios da prática e entenda como ela contribui no funcionamento do organismo.

A atividade física é importante para o bem-estar e a saúde mental.
A atividade física é importante para o bem-estar e a saúde mental

Fortalecimento de ossos e articulações

A prática de atividades físicas apresenta muitos benefícios no segmento anatômico. O hábito saudável contribui no fortalecimento de ossos e articulações e na prevenção e tratamento de doenças como a osteoporose, que afeta grande parte da terceira idade em território mundial. A musculação é responsável pelo aumento de massa magra, ou seja, crescimento dos músculos. Com uma quantidade considerável de massa muscular, o corpo entra em equilíbrio e diversas fraturas são evitadas, além de movimentos do dia a dia, como agachar ou carregar sacolas de compras, serem executados com maior facilidade . Isso porque ela “protege” os ossos e os ligamentos, em uma linguagem mais simples.

Para os idosos, já foi mencionado acima o quanto é importante para a diminuição de quedas e uma melhor qualidade de vida. Para as crianças, não é diferente. Além de contribuir para uma melhora significativa da cognição, auxilia no desenvolvimento psicomotor, um processo contínuo de evolução nas áreas sociais, que acontece em fases e depende do sistema nervoso central. As áreas psicomotoras afetadas pela atividade física na infância são:

  • Coordenação global – controle da musculatura, em atividades como andar de bicicleta, por exemplo;
  • Coordenação mínima – referente aos pequenos músculos, principalmente das mãos;
  • Organização espacial – ligada à uma estrutura do mundo exterior, ou seja, o que está ao redor da criança;
  • Lateralidade – ter uma noção de esquerda e direta, e de como equilibrar o corpo;
  • Organização de tempo – saber organizar o tempo dentro de uma ação, controlando o próprio ritmo em relação ao que foi proposto.

Prevenção de doenças

O exercício físico auxilia na melhora de disfunções cardíacas, no aumento do HDL (conhecido como “colesterol bom”) e na prevenção e controle de doenças cardiovasculares ou de diabetes, por exemplo. Desta maneira, percebe-se que ele não apresenta apenas resultados estéticos, mas evita uma série de problemas como doença arterial coronariana, pressão alta ou insuficiência cardíaca.

Importância da atividade física para o bem-estar e a saúde mental
A pressão alta é uma consequência da inatividade física | Banco de Imagens Unsplash

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 422 milhões de adultos estão com diabetes no mundo. No Brasil, por meio da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, 9 milhões de brasileiros estão com diabetes. Isso corresponde a mais de 6% da população. Já os dados da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam mais de 12 milhões de indivíduos. E a tendência é só aumentar.

Saúde Mental

Para crianças, adolescentes, adultos e idosos, os resultados de uma rotina constante de exercícios são sentidos até mesmo no âmbito emocional. Acontece uma regulação de hormônios associados ao sistema nervoso, uma melhora no fluxo sanguíneo do cérebro e uma diminuição dos níveis de estresse e ansiedade. Nesse último caso, essa redução influencia diretamente no tratamento da depressão, podendo contribuir de uma maneira satisfatória no quadro clínico.

Em 2014, o Journal of Abnormal Child Psychology divulgou uma pesquisa feita pela Universidade do Estado de Michigan e Universidade de Vermont, que concluiu uma diminuição significativa do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade em crianças que se exercitaram. Elas foram submetidos à ginástica, 30 minutos antes da escola, e apresentaram menos sintomas TDAH. Em oposição, o grupo que continuou sedentário não demonstrou nenhuma evolução.

Prevenção de Alzheimer

Alzheimer é um problema neurodegenerativo que apresenta deterioração cognitiva e da memória de curto prazo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. Com a atividade física é possível retardar ou inibir a manifestação da doença.

Demência

Como foi explicado em uma matéria da BBC Brasil, praticar exercícios com cargas e aeróbicos é o modo mais eficiente para evitar o declínio cognitivo entre idosos. Quanto mais cedo a prática é iniciada na vida, independente da faixa etária, mais rápido os resultados são validados.

Liberação de hormônios do prazer

A regulação de hormônios citada anteriormente está relacionada à diminuição do cortisol e, consequentemente, maior liberação de serotonina e dopamina. O cortisol é um hormônio diretamente ligado ao estresse: quanto maior a liberação de cortisol, seja por episódios difíceis ou até mesmo pela falta do sono, menor é a síntese proteica e a taxa metabólica do indivíduo.

A serotonina é um neurotransmissor que atua no cérebro e estabelece a comunicação entre as células nervosas. Ela também pode ser encontrada no sangue e no sistema digestivo. O hormônio é produzido por meio do triptofano, um aminoácido obtido por meio de alimentos como cacau, oleaginosas, peixes, entre outros. Sua ação no organismo é bastante ampla: pode melhorar o humor, aumentar a qualidade sono, aumentar ou diminuir o apetite, controlar o ritmo cardíaco e a temperatura corporal.

Já a dopamina é o hormônio do prazer, liberado em situações de enorme satisfação pessoal. Ele está relacionada à cognição, ao humor, à compensação e a um maior controle motor. Também participa de funções endócrinas e é precursor de outros neurotransmissores como a epinefrina, tradicional adrenalina.

A endorfina também é liberada com a prática de esportes, e é caracterizada como o hormônio da felicidade. Entretanto, a intensidade e a duração do exercício são responsáveis pela sua concentração no sangue. Após exercícios de intensidade leve a moderada, com um índice menor que 60% do volume de oxigênio máximo (VO2), não costuma ser verificado aumento da taxa de endorfina no sangue. Somente em práticas que chegam até a exaustão ou a um cansaço muito elevado.

Como sair do sedentarismo?

Os médicos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde, como os educadores físicos, recomendam a realização dos exercícios físicos regularmente. Visto que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, menos da metade da população pratica o necessário para sair da zona de sedentarismo. De acordo com o estudo, 47% das pessoas em idade adulta no Brasil não pratica ao menos duas horas e meia de esforço moderado por semana ou 75 minutos de atividade intensa, o que ainda é considerado uma meta baixa.

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Pedalar ao ar livre é uma excelente forma de liberar endorfina | Banco de Imagens Unsplash

De acordo com o Personal Trainer Pedro Bruno (@pedrobrunoneto – CREF 123214-G/SP), a musculação é a base para qualquer esporte, pois evita e previne lesões. Para ele, é preciso retirar o mito de que crianças e idosos não podem praticá-la. Entretanto, não adianta decidir fazer musculação se não há constância. É preferível escolher algo que você goste, e que fará a longo prazo: no mínimo, 3x por semana. Com a ajuda de um Educador Físico, é possível planejar uma rotina de exercícios de acordo com os seus objetivos, gostos e necessidades específicas.

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