Afetividade e comida: as relações que acompanham o alimento

O alimento tem por si só conversar de maneiras indiretas e diretas entre pessoas de mesmo convívio ou não. A comida afetiva vem como uma menção a alimentos que nos trazem felicidade, saudade, tristeza, pois nosso cérebro tem como umas das funções usar nosso olfato e paladar e assim nos remeter a lembranças.

Na atualidade temos uma vasta cultura de afetividades, desde um simples café coado com pão na manteiga até uma macarronada de domingo com a família reunida à mesa. Mas isso são do nosso ápice de afetividade, mas quando vamos para o mundo profissional de restaurantes, temos como afetivo, aquilo que o cliente sem ver fotos já imagina o seu prato na frente, tendo como um alimento conhecido por nomes e ambientes. Pois o ambiente geralmente traz o conceito de saudade e aconchego, pois sempre bom lembrar que quando falamos de afetividade sempre lembramos aquilo que nos conforta.

Quando falo de tristeza na comida afetiva, não é no sentido ruim da palavra, mas sim uma palavra conjunta com a saudade, pois a perda de entes queridos nos traz esse momento de memorias.

 Afetividade nos faz compartilhar

Um dos pontos chaves que eu prego na afetividade é o compartilhar, pois tudo me faz lembrar e sorrir me vem reuniões familiares, amigos, relacionamentos, tudo nesse ponto me mostra o quão bom era o momento, a ligação que rola nesses momentos, são únicos, as vezes nunca mas será igual. Mas você lembrar o dia e sentir aroma e sabor do que foi compartilho com você no dia, isso sim é um momento extremamente afetivo a todos.

O compartilhamento de alimentos, é tão atual hoje em dia que não podemos negar que ainda e sempre vai ser uma das maneiras mais prazerosas da vida, pois quando você gosta de algo e tem a oportunidade de oferecer ao outro no mesmo momento, é algo transformador, pois aquela memória que você tem está sendo passado a frente.

A Gastronomia Tecnoemocional o que? 

 De alguns anos pra cá, temos um estilo de cozinha novo que se chama cozinha Tecnoemocional, que nada mais é; levar o alimento que te faz ter lembranças ao patamar diferente do comum, tendo uma nova visão do que você conhece, descontruindo o tradicional e trazendo para o mundo moderno, temos livros como “Nouvelle Cuisine” de 1982 criado por Jean & Pierre Troisgros, são dois chefes renomadíssimos , que em 82 conseguiram trazer um marco novo na gastronomia mundial, desde então a gastronomia foi mudando anualmente atras de texturas, sabores e aromas novos. Mas sempre tendo a base do trivial, pois hoje a gastronomia só existe de maneira tão respeitosa, graças aos nossos antepassados.

O que será levado de afetivo para o futuro.

A uma preocupação no quesito do futuro da alimentação afetiva, pois temos uma desvalorização em crescente da gastronomia afetiva, com o alto número de fast food e pessoas cada vez tendo menos tempo para conseguir se reunir com seu amigos e parentes, o valor citado acima acaba tendo uma perda grande com tudo que esta acontecendo, com isso alguns chefes de cozinha estão bolando restaurante ou menus estratégicos para tentar trazer para esses pequenos momentos de pausa, uma lembrança momentânea para que o cliente saia da sua rotina. Mas essa é uma luta que pode demorar muito para ser resolvida pois as gerações atuais estão transformando o que era trivial no moderno.

Festas de fraternidade

As refeições em conjunto na Igreja primitiva são descritas como algumas das práticas de fé que marcaram a Igreja de Jesus em seus  primeiros dias. E quando você lê um texto como este talvez fique perguntando o que uma refeição em comum teria como manifestação de fé, esperança e fraternidade?

Aprendemos com a história da Igreja de Jesus que as diferenças entre a vida dos fiéis era brutal. Alguns dos primeiros cristãos eram escravos ao passo que outros gozavam de uma posição de destaque na sociedade. Na antiguidade comer era a manifestação do status quo de uma pessoa. O tipo de comida que uma pessoa tinha acesso informava a todos de que tipo de classe social ela pertencia. Quando lemos no livro de Atos que a igreja tinha uma refeição em comum, significava que todos poderiam compartilhar do mesmo alimento ou melhor todos eram convidados a compartilhar do seu alimento com os outros irmãos conforme podemos ler no texto de I Coríntios 11.

Simplicidade era o caráter destas refeições. Uma simplicidade que não era demonstrada pelo cardápio mas pela forma como os cristãos se aproximavam uns dos outros com transparência e capacidade de valorizar a interioridade acima das diferenças sociais, econômicas e culturais. Somente a fé era capaz de transformar estes momentos que normalmente seriam para destacar as diferenças gritantes entre os fieis numa refeição em comum. Estas refeições simples estavam repletas de afetividade ao ponto de serem chamadas festas de fraternidade.

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