Confira os 3 passos essenciais para restaurar uma amizade perdida.
O ser humano é um ser relacional. Isso significa que nós, diferente de outras espécies de seres vivos, temos a capacidade de nos relacionar com nosso entorno, com a natureza, com nós mesmos, com Deus e com os outros seres humanos. Os relacionamentos amistosos estão presentes em diversas áreas da nossa vida, seja na vida espiritual, profissional e refletindo até mesmo em nossa saúde mental.
A amizade é um relacionamento humano que envolve afeto entre duas pessoas de maneira não-romântica. Um amigo é alguém com quem você pode contar, crescer, desabafar, rir e curtir a vida junto. Ter amigos nos ajuda a cultivar virtudes como a lealdade, o perdão, o companheirismo e o altruísmo.
No entanto, muitas vezes nós nos distanciamos de nossos amigos devido a brigas, desentendimentos, palavras duras, falta de tempo e de convivência, distanciamento, entre tantos outros motivos que podem abalar uma relação.
Muitas amizades passam por momentos difíceis, mas não há razões para acreditar que não tem mais conserto. Pode até ser difícil, mas reconciliar uma amizade desfeita a deixará ainda mais forte do que antes.
3 passos para restaurar amizades: coração aberto, perdão e generosidade.
Por que as amizades acabam? Elas acabam porque nós seguimos caminhos diferentes, escolhemos caminhos distintos dos caminhos que as pessoas que nós amamos ou gostamos traçam. Nós acabamos indo por outros percursos, a a vida vai nos conduzindo e nós deixamos que algumas coisas entrem como prioridades em nossa vida.
Eli Moreira
O pastor e escritor Eli Moreira, criador do Redenção, listou alguns passos que podem ser tomados num processo de recuperação de uma amizade: manter o coração aberto, perdão e generosidade.
Segundo Eli, é preciso manter as portas abertas para o retorno, ou seja, um coração receptivo à reconciliação. Depois, é preciso abrir caminho para o perdão: “Nós traímos e somos traídos, nós nos enganamos, enganamos os outros e somos enganados, então é preciso abrir caminho pro perdão”.
Eli também comenta sobre a necessidade de um coração aberto e generoso para que a amizade tenha espaço para se restaurar.
Em terceiro lugar, é preciso ter um ambiente de generosidade. É como está em Lucas 15, na paródia do filho Pródigo. É preciso dar um anel novo, é preciso dar uma sandália nova. Independente se você acha que é justo ou que não é. A generosidade não age apenas com justiça, ela age também com bondade, que é uma característica de Deus.
Como exemplo de reconciliação conquistada por um coração aberto, perdão e generosidade, Eli cita a parábola do Filho Pródigo, contada por Jesus.
Na história, um filho abandona o pai e deixa sua casa reclamando seus privilégios e herança de filho. Saindo de casa com parte da fortuna, perdeu tudo na busca pelo prazer. Chegou à miséria, e ali se arrependeu. Resolveu confessar seus erros e voltar a casa de seu velho pai. E na volta para casa, humilhado em seu estado miserável, o filho temia a censura e as reprimendas de um pai austero, mas foi recebido com alegria e compaixão por um pai de coração aberto, que imediatamente o perdoou – e com generosidade, deu ao filho roupas novas, sandálias novas e um anel de filho novo.
A Parábola do Filho Pródigo (Tradução da Bíblia NVI – Lucas 15:11-32)
Jesus disse: “Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente.
Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
A seguir, levantou-se e foi para seu pai. Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. O filho lhe disse: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.
Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.
Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando se aproximou da casa, ouviu a música e a dança. Então chamou um dos servos e perguntou-lhe o que estava acontecendo.
Este lhe respondeu: ‘Seu irmão voltou, e seu pai matou o novilho gordo, porque o recebeu de volta são e salvo’. O filho mais velho encheu-se de ira, e não quis entrar. Então seu pai saiu e insistiu com ele.
Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse seu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele! ’
Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu.
Mas nós tínhamos que comemorar e alegrar-nos, porque este seu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’ .
