Jerusalém é uma cidade histórica e sagrada para três das principais religiões monoteístas do mundo: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. Desde a antiguidade, a cidade de Jerusalém tem sido um ponto de convergência de diferentes povos, culturas e religiões, o que deu lugar a uma rica história e tradição naquele lugar.
Hoje, Jerusalém também é um importante centro cultural e artístico, com muitos museus, galerias de arte e teatros. A cidade também é um importante destino turístico devido a sua rica história e aos locais sagrados que atraem peregrinos de todo o mundo.
Por que Jerusalém é chamada de Sião
Jerusalém é conhecida como Sião porque o monte Sião é um dos lugares mais importantes da cidade. O monte Sião é uma colina localizada no centro de Jerusalém e é considerado um lugar sagrado por várias tradições religiosas, incluindo o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
No judaísmo, o monte Sião é considerado o lugar onde o Templo de Salomão foi construído, e é um dos lugares mais sagrados do judaísmo. No cristianismo, o monte Sião é mencionado como sendo o lugar onde Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitado, e é um lugar sagrado para os cristãos. No islamismo, o monte Sião é mencionado como sendo o lugar onde o profeta Maomé ascendeu ao céu durante a sua noite de viagem.
Lugar sagrado para várias tradições religiosas, o monte Sião é também um lugar importante na história de Jerusalém e é um símbolo da cidade. Por essas razões, Jerusalém é frequentemente chamada de Sião.
A história da Jerusalém antiga até a moderna cidade
Origem em Canaã
A história de Jerusalém remonta a pelo menos 4000 anos atrás, quando a terra de Canaã, região onde fica Jerusalém e que era habitada por um povo conhecido como cananeus, foi mencionada pela primeira vez na Bíblia.
O relato bíblico, encontrado no livro de Josué cap. 10, diz que os israelitas encontraram Jerusalém como uma cidade-estado da região de Canaã. A palavra Jerusalém, em cananeu, significa algo como “Fundação de Salém”.
A cidade de Davi
Em 1000 a.C., Jerusalém foi conquistada pelos judeus e tornou-se a capital do reino de Judá. Durante este período, a cidade se tornou um importante centro de comércio e religião, e foi nesta época que o Templo de Jerusalém foi construído, que se tornaria um local sagrado para os judeus.
Como uma cidade neutra, não pertencendo nem a Judá nem a Israel e ainda estando exatamente entre os dois territórios, Jerusalém era uma capital ideal para o Rei Davi.
Desde que ele o capturou com um exército de mercenários, a cidade permaneceu independente e, ao mesmo tempo, propriedade privada do rei Davi.
6O rei e seus soldados marcharam para Jerusalém para atacar os jebuseus que viviam lá. E os jebuseus disseram a Davi: “Você não entrará aqui! Até os cegos e os aleijados podem se defender de você”. Eles achavam que Davi não conseguiria entrar,
7mas Davi conquistou a fortaleza de Sião, que veio a ser a Cidade de Davi.
8Naquele dia disse Davi: “Quem quiser vencer os jebuseus terá que utilizar a passagem de água para chegar àqueles cegos e aleijados, inimigos de Davi”. É por isso que dizem: “Os ‘cegos e aleijados’ não entrarão no palácio”.
9Davi passou a morar na fortaleza e chamou-a Cidade de Davi. Construiu defesas na parte interna da cidade desde o Milo.
10E ele se tornou cada vez mais poderoso, pois o Senhor, o Deus dos Exércitos, estava com ele.
2 Sam. 5: 6-10
Neste período, a Arca da Aliança – um objeto bíblico mencionado no Antigo Testamento como sendo uma espécie de “cofre sagrado” que continha os Dez Mandamentos e outros objetos sagrados e era um símbolo da presença de Deus entre o povo de Israel – foi levada para Jerusalém pelo rei Davi, que a trouxe da cidade de Quiriat-Jearim. Depois disso, a Arca da Aliança foi colocada na Tenda da Reunião no monte Sião, onde ficou por algum tempo. Mais tarde, ela foi transferida para o Templo de Salomão, que foi construído em Jerusalém para abrigá-la.
Cidade Santa
A entrada da Arca da Aliança em Jerusalém é um ato decisivo para o significado posterior da cidade, que iria alcançar uma importância muito grande nas esperanças de Israel para a
futuro. Isso explica por que Jerusalém, uma cidade cananéia, com sua peculiar posição independente de Judá e demais cidades de Israel, tornou-se o centro de culto dos Israelitas.
No início da história do reino de Israel, Jerusalém, como sua capital, era o centro político e honrado como tal, sem deixar de ser um centro espiritual e religioso, muito visitado mesmo após a dissolução da unidade política.
Assim Jerusalém tornou-se a cidade santa, e cada vez mais o foco das esperanças do povo de Israel. Durante um dos exílio dos israelitas, em particular, foi a personificação da saudade do povo:
1 Junto aos rios da Babilônia nós nos sentamos e choramos com saudade de Sião.
2 Ali, nos salgueiros penduramos as nossas harpas;
3 ali os nossos captores pediam-nos canções, os nossos opressores exigiam canções alegres, dizendo: “Cantem para nós uma das canções de Sião! “
Salmo 137
Roma conquista Jerusalém
A conquista de Jerusalém pelos romanos ocorreu em 70 d.C., durante a Guerra Judaica, uma guerra entre o Império Romano e os judeus que habitavam a região da Judéia. A guerra começou em 66 d.C., quando os judeus se rebelaram contra o domínio romano e iniciaram uma série de levantes e revoltas.
Em 70 d.C., o exército romano liderado pelo general Tito cercou Jerusalém e iniciou um cerco à cidade. Depois de alguns meses de combate, os romanos conseguiram capturar a cidade, destruir o Templo de Jerusalém e exilar os judeus.
Aelia Capitolina
Aelia Capitolina foi o nome dado pelos romanos à cidade de Jerusalém após a conquista da Judéia em 135 d.C. pelo imperador romano Adriano. A conquista foi o resultado da Segunda Guerra Judaica, que foi mais uma rebelião liderada pelos judeus contra o domínio romano.
Após a conquista, Adriano decidiu renomear a cidade de Jerusalém como Aelia Capitolina e proibiu que os judeus entrassem na cidade. Além disso, ele ordenou que uma cópia da cidade romana de Aelia Capitolina fosse construída no lugar da antiga cidade de Jerusalém, incluindo um templo dedicado a Júpiter Capitolino no lugar do Templo de Jerusalém, que havia sido destruído durante a Guerra Judaica anterior.
A mudança do nome da cidade e a construção de uma cópia da cidade romana em Jerusalém foi uma medida tomada pelos romanos para suprimir a identidade judaica da cidade e afirmar o domínio romano sobre a região. Aelia Capitolina continuou a ser o nome oficial da cidade até o final do Império Romano, quando foi renomeada como Jerusalém pelos bizantinos.
A partir do século IV, Jerusalém se tornou um importante centro de peregrinação cristã, pois era considerada a cidade onde Jesus havia vivido, ensinado e morrido. Em 324 d.C., o imperador romano Constantino se converteu ao cristianismo e tornou o cristianismo a religião oficial do Império Romano. Em 330 d.C., ele fundou Constantinopla como a nova capital do Império Romano e transferiu o centro de poder cristão para lá, deixando Jerusalém como uma cidade menos importante.
Jerusalém é conquistada pelos árabes muçulmanos
A conquista de Jerusalém pelos árabes ocorreu em 637 d.C., durante a expansão do Império Islâmico. Na época, Jerusalém era uma cidade bizantina e estava sob o domínio do imperador romano Constantino II.
Os árabes, liderados pelo califado Omar, derrotaram o exército bizantino em uma batalha e capturaram a cidade. Depois da conquista, os árabes permitiram que os judeus e os cristãos continuassem a habitar a cidade e a praticar suas respectivas religiões. No entanto, os árabes também estabeleceram um governo islâmico sobre a cidade e promoveram o islamismo na região.
A cidade se tornou um importante centro de peregrinação islâmica devido à sua proximidade com a mesquita de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, ambas consideradas sagradas pelos muçulmanos.
Jerusalém e as Cruzadas
Jerusalém foi um lugar importante para os cruzados durante o período da Primeira Cruzada, que foi uma guerra entre os cristãos da Europa e os muçulmanos na região da Palestina. Os cruzados foram liderados por diversos reis e nobres da Europa e foram convocados pelo Papa Urbano II com o objetivo de libertar Jerusalém das mãos dos muçulmanos e estabelecer um reino cristão na região.
Em 1099, os cruzados capturaram Jerusalém depois de uma campanha militar bem-sucedida e estabeleceram um reino cristão na cidade. Durante o período dos cruzados, Jerusalém tornou-se um importante centro religioso e político para os cristãos da Europa, e muitos peregrinos cristãos visitaram a cidade para ver os lugares sagrados e participar das cerimônias religiosas.
No entanto, a presença dos cruzados na região também gerou tensões com os muçulmanos e os judeus locais, e Jerusalém foi alvo de ataques e invasões por parte dos muçulmanos em várias ocasiões. O reino cristão de Jerusalém durou até 1187, quando a cidade foi conquistada pelos muçulmanos liderados pelo sultão Saladino.
Saladino conquista Jerusalém
A conquista de Jerusalém por Saladino ocorreu em 1187, durante a Terceira Cruzada. Saladino era o sultão do Egito e da Síria e liderou um exército muçulmano contra os cruzados que haviam estabelecido um reino cristão em Jerusalém.
A conquista de Jerusalém por Saladino marcou o fim do reino cristão de Jerusalém e o início de mais um longo período de domínio muçulmano sobre a cidade.
Após a conquista de Jerusalém por Saladino em 1187, a cidade passou por várias mãos diferentes. Em 1229, os cruzados conseguiram recuperar a cidade durante a Quarta Cruzada, mas perderam novamente para os muçulmanos em 1244. Depois disso, Jerusalém foi controlada pelos mamelucos, um grupo de soldados de origem turca, até 1516, quando foi conquistada pelo Império Otomano.
A conquista de Jerusalém pelo império Otomano
A conquista de Jerusalém pelo Império Otomano ocorreu em 1516, durante o reinado do sultão otomano Selim I.
Os otomanos liderados por Selim I derrotaram os mamelucos em uma batalha, capturaram Jerusalém e estabeleceram um governo otomano sobre a cidade.
O Império Otomano controlou Jerusalém até 1917, quando a cidade foi capturada pelas forças britânicas durante a Primeira Guerra Mundial. Depois disso, Jerusalém foi administradora pelo Mandato Britânico da Palestina até 1948, quando a cidade foi dividida entre Israel e a Jordânia.
A divisão de Jerusalém
Ao longo dos séculos, Jerusalém foi conquistada e governada por várias potências, incluindo os cruzados cristãos, os turcos otomanos e os britânicos. Em 1948, Jerusalém foi dividida em duas partes, com o oeste sob o controle de Israel e o leste sob o controle da Jordânia.
Jerusalém é atualmente dividida em dois setores: um setor israelense e um setor palestino. A divisão de Jerusalém ocorreu após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, quando Israel capturou a parte da cidade que havia sido controlada pela Jordânia desde 1948. Depois da guerra, Israel anexou o setor oeste de Jerusalém e declarou a cidade como sua capital eterna.
No entanto, a anexação de Jerusalém por parte de Israel é contestada pelos palestinos, que veem a cidade como sua capital futura. A divisão de Jerusalém é um ponto de tensão entre Israel e os palestinos, e a cidade tem sido objeto de disputa política e religiosa por muitos anos.
Atualmente, o setor israelense de Jerusalém inclui a maior parte da cidade antiga, incluindo lugares sagrados para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, enquanto o setor palestino inclui a maior parte dos bairros palestinos da cidade. A divisão de Jerusalém é controlada por um muro de separação que foi construído por Israel em 2002 para tentar conter a violência entre israelenses e palestinos na cidade.
A questão de quem deve controlar Jerusalém é um dos problemas centrais do conflito árabe-israelense e um obstáculo para a paz na região.
Onde fica Jerusalém?
Jerusalém é uma cidade localizada na região montanhosa da Judéia, na Cisjordânia. A cidade está situada ao sul da região histórica da Palestina, na margem ocidental do rio Jordão, e fica a cerca de 60 quilômetros a oeste de Amã, a capital da Jordânia. Jerusalém também fica a cerca de 250 quilômetros ao sudeste de Tel Aviv, a principal cidade de Israel.
A geografia de Jerusalém
A população de Jerusalém é de cerca de 925 mil habitantes, de acordo com dados de 2021. A cidade está situada a uma altitude de cerca de 800 metros acima do nível do mar e é cercada por colinas e montanhas. O rio Jordão fica a cerca de 20 quilômetros ao leste da cidade.
Jerusalém é dividida em duas partes: a parte ocidental, que é predominantemente judia, e a parte oriental, que é predominantemente árabe. A parte ocidental da cidade é mais desenvolvida e é onde se encontram a maioria dos edifícios governamentais, empresas e instituições educacionais. A parte oriental da cidade é menos desenvolvida e é onde se encontram muitos dos bairros árabes da cidade.
A cidade é cercada por muralhas históricas que foram construídas pelos turcos otomanos no século 16. Dentro dessas muralhas encontram-se alguns dos locais mais sagrados para os judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo a Cidade Velha, o Muro das Lamentações e a Mesquita de Al-Aqsa.
Economia em Jerusalém
Jerusalém é uma cidade importante do ponto de vista econômico, com uma economia diversificada que inclui setores como turismo, serviços financeiros, tecnologia, saúde e educação. A cidade é um importante destino turístico devido a sua rica história e aos locais sagrados que atraem peregrinos de todo o mundo.
O setor de serviços financeiros é um importante motor da economia de Jerusalém, com muitas instituições financeiras e empresas de seguros localizadas na cidade. A cidade também é um importante centro de tecnologia, com muitas empresas de tecnologia e startups baseadas na cidade. Além disso, Jerusalém é um importante centro de saúde, com muitos hospitais e instituições de pesquisa médica localizados na cidade.
A cidade também é um importante centro educacional, com muitas instituições de ensino superior, incluindo a Universidade Hebraica de Jerusalém e a Universidade Al-Quds.
A vida em Jerusalém
Na época de Jesus, Jerusalém estava sob o domínio romano e os judeus viviam sob uma governança estrangeira. Isso gerou muita insatisfação entre a população judaica, que se sentia oprimida pelos romanos e desejava obter a independência.
Naqueles tempos, a vida em Jerusalém era bastante difícil para muitas pessoas. A maioria da população vivia em condições de pobreza e a cidade sofria com problemas como a falta de água e a superlotação. No entanto, Jerusalém também era um lugar de grande riqueza e poder, com famílias abastadas e influentes que possuíam grandes propriedades e ocupavam posições importantes na sociedade.
Hoje, a vida em Jerusalém ainda pode ser bastante desafiadora para algumas pessoas. A cidade enfrenta problemas como a falta de habitação acessível, o alto custo de vida, a poluição do ar e os conflitos políticos e religiosos. No entanto, Jerusalém também é uma cidade vibrante e culturalmente rica, com uma enorme variedade de atrações turísticas, museus, teatros, restaurantes e outras atividades.
Turismo em Jerusalém
Jerusalém é uma cidade histórica e religiosa que atrai muitos turistas de todo o mundo. A cidade possui uma rica história e é um lugar sagrado para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Por essa razão, Jerusalém é um destino turístico popular para peregrinos e visitantes interessados em história e religião.
Alguns dos principais atrativos turísticos de Jerusalém incluem:
- Muro das Lamentações: um lugar sagrado para os judeus, onde é permitido orar e deixar mensagens escritas.
- Cidade Velha de Jerusalém: uma área histórica da cidade que inclui a Mesquita de Al-Aqsa, o Domo da Rocha e o Monte Sião.
- Monte das Oliveiras: um lugar sagrado para os cristãos, que inclui o Jardim das Getsemanis e o Monte das Oliveiras.
- Museu de Israel: um museu que apresenta a história de Jerusalém e da região da Judéia.
Além disso, Jerusalém possui muitos outros atrativos turísticos, incluindo parques, mercados, igrejas, sinagogas e mesquitas. A cidade também é um destino popular para compras, já que possui muitas lojas e mercados tradicionais que vendem produtos típicos da região.
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