Os coletivos, segundo os dicionários, reúnem uma mesma espécie. Porém, nas universidades, o conceito ganha novos significados e complexidades: nos ambientes universitários, os coletivos agrupam pessoas com objetivos em comum ou em prol de uma mesma situação.
Há vários grupos que compõem uma universidade. Alguns dos mais notórios são os coletivos feministas, antirracistas, LGBTs e os religiosos. Conheça alguns desses grupos presentes nas maiores universidades de São Paulo nesta matéria.
Coletivos dentro das universidades de São Paulo
Coletivos Feministas
Os coletivos feministas são muito ativos nas universidades. Dentre eles, destacam-se o Narcisa Amália, o Maria Bonita e o Feminista Leolinda Daltro.
O coletivo Narcisa Amália foi formado pelo curso de Jornalismo da PUC-SP, visando promover debates sobre o feminismo na profissão. Além da discussão sobre a temática, o coletivo realiza algumas iniciativas, como a distribuição de itens de higiene para detentas do Presídio do Carandiru, em São Paulo, no mês de maio.
O Coletivo Feminista Maria Bonita foi formado por estudantes de História e Geografia da USP em 2013, e hoje promovem atividades e campanhas para discutir questões de gênero, além de acolherem vítimas de violência.
Por fim, o Coletivo Feminista Leolinda Daltro foi criado em 2017 por estudantes da Faculdade de Direito do Mackenzie, visando a luta por um espaço mais seguro e igualitário para as mulheres. O coletivo tem promovido debates sobre temas como violência doméstica, jornada de trabalho para mulheres, maternidade, etc.
Coletivos Negros
Os coletivos negros vêm sendo cada vez maiores e mais relevantes nas faculdades e universidades. Em geral, nestes coletivos defende-se um espaço mais justo, igualitário e representativo. Diante disso, algumas das entidades que mais se destacam são o AfriCásper e Negro Vozes UFABC.
O coletivo de discussão AfriCásper é composto por estudantes da Faculdade Cásper Líbero e tem o intuito de promover a troca de informações, a realização de debates sobre temas de interesse da comunidade negra e a interação entre a comunidade e a universidade. Fundado em 2014, nasceu para atender à demandas de alunos que sentiam falta de debater as riquezas culturais, heranças históricas e problemáticas atuais que envolvem a cultura africana e seus descendentes.
O Coletivo Negro Vozes é um Entidade Representativa da Universidade Federal do ABC que visa aumentar a entrada e a permanência da população negra universitária. O grupo busca acolher as pessoas negras que fazem parte do espaço universitário, aumentando a integração dessas pessoas e também ajudando-as no auto reconhecimento enquanto pretos.
Coletivos LGBTs
Esses coletivos lutam por todos os integrantes da comunidade LGBTQIA+, a exemplo de homossexuais, bissexuais e trangêneros. A Frente LGBT+ Casperiana e a LGBT Psico USP são alguns entre os vários grupos espalhados por São Paulo.
A Frente LGBT+ Casperiana é um coletivo fundado em 2013 por alunos LGBTs da Faculdade Cásper Líbero que sentiam falta de representatividade no ambiente universitário. Hoje o coletivo faz um trabalho de visibilidade e discussão de temas próprios da realidade LGBT+.
O Coletivo LGBT Psico USP foi criado como um espaço para que os alunos do IPUSP discutam e reflitam sobre questões relacionadas ao gênero e à sexualidade. O objetivo é acolher a população LGBT, que, além de se sentir fragilizada na sociedade, muitas vezes é invisibilizada na própria Psicologia. Outro intuito do coletivo é destacar a responsabilidade formativa dos futuros psicólogos que, no decorrer de sua carreira, provavelmente atenderão a membros da comunidade LGBT, além de fortalecer a representatividade da comunidade para proporcionar modos de atuação do coletivo no espaço institucional.
Coletivos Religiosos
A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB)
A Aliança Bíblica Universitária do Brasil (ABUB) é uma organização missionária evangélica que existe para compartilhar o evangelho de Jesus Cristo nas escolas e universidades brasileiras através da iniciativa dos próprios estudantes. O treinamento e a formação de estudantes e profissionais, visando ao testemunho cristão e ao serviço à igreja e à sociedade, fazem parte da missão da ABUB.
A ABUB, também chamada de ABU, se propõe a proclamar um evangelho integral e impactante numa sociedade cada vez mais pluralista, relativista e carente de Deus. É um movimento de caráter reformado, e busca compartilhar os conhecimentos bíblicos através do Evangelho de Jesus Cristo. Assim, os estudantes se organizam em suas instituições de ensino e trocam conhecimentos sobre a temática.
Dunamis Pockets
O Dunamis Pockets é um projeto que promove encontros semanais dentro das universidades, reunindo jovens que buscam implantar o Reino de Deus em seu âmbito estudantil.
O projeto iniciou em 2010 e possui aproximadamente 180 líderes à frente das organizações em mais de 85 universidades brasileiras e 5 internacionais. Dunamis Pockets é uma das vertentes da Dunamis Movement, um movimento para-eclesiástico, liderado pelo pastor Téo Hayashi. “Nós buscamos Despertar uma geração para que ela venha estabelecer a cultura do Reino de Deus na terra e assim transformar a sociedade a sua volta”, afirma Pr. Téo.
Cru Campus
A Cru Campus (antes chamava-se Movimento Estudantil Alfa e Ômega) é um ministério interdenominacional, formado por universitários cristãos comprometidos em levar o amor de Jesus Cristo a cada estudante.
A Cru Campus atua entre universitários ajudando-os na vivência e transmissão de sua fé, sem caráter proselitista, mas sim com o propósito de que esses universitários sejam protagonistas na Igreja, na sociedade e no mundo. A Cru Campus está presente em 23 estados brasileiros espalhada por aproximadamente 250 universidades.
Com uma equipe de missionários que dá suporte, treinamento, discipulado, entre outras coisas, aos estudantes, a equipe tem ajudado universitários a desenvolverem sua fé e alcançarem seus amigos e suas universidades para Cristo, exercendo um ministério pessoal no dia-a-dia do campus.
