Os livros sobre a vida de Jesus, aos quais chamamos de Evangelhos, relatam episódios e personagens muito interessantes. Uma personagem que desde sempre chamou atenção dos leitores da Bíblia chama-se Maria Madalena. Como tantos nomes desses relatos bíblicos, sabemos apenas algumas coisas sobre Maria Madalena pela própria Bíblia; sobre outras coisas a seu respeito nós podemos fazer apenas suposições.
Em primeiro lugar, a Bíblia relata que Maria Madalena foi liberta de sete demônios, que foram expulsos dela por ordem de Jesus (Lucas 8:2). A partir daí, ela se tornou uma seguidora dele.
Depois disso Jesus ia passando pelas cidades e povoados proclamando as boas-novas do Reino de Deus. Os Doze estavam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e doenças: Maria, chamada Madalena, de quem haviam saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, administrador da casa de Herodes; Susana e muitas outras. Essas mulheres ajudavam a sustentá-los com os seus bens.
Lucas 2:1-3
Notem que o texto diz que essas mulheres, como Maria Madalena, ajudavam a sustentar Jesus. Curioso pensar que Jesus se permitia ser sustentado por alguém, já que Ele tinha poder para sustentar não só a si mesmo, mas aos seus discípulos e a toda a multidão que O seguia, como ficou evidente quando Ele multiplicou pães e peixes por duas vezes e alimentou uma multidão de milhares de pessoas, e também quando Ele fez o milagre da pesca maravilhosa e, claro, quando Ele fez Pedro achar uma moeda na boca de um peixe para consegui pagar o imposto que lhes era cobrado.
É claro que Jesus não precisava de ajuda, de patrocinadores, de presentes e nem de dízimos. Mas ao permitir que pessoas contribuíssem para o seu ministério, Jesus estava proporcionando uma oportunidade para que essas pessoas expressassem sua gratidão, sua fé e sua generosidade. O poder de Jesus era suficiente para sustentá-lo, mas o seu amor e seu propósito em nos transformar nos concede a oportunidade de sermos gratos, generosos e de exercitarmos nossa fé em Deus.
Maria Madalena também estava presente quando Jesus foi crucificado. Ela teria testemunhado o julgamento de Jesus no Sinédrio, a sentença de Pilatos para a crucificação de Jesus e a agressão que Ele sofreu. Ela o seguiu até o Gólgota e testemunhou Sua morte (Mateus 27:55–56).
Três dias depois, Maria Madalena foi uma das primeiras a encontrar Jesus ressuscitado. Jesus pediu a ela que corresse para contar aos outros (João 20:11–18). Maria Madalena também provavelmente estava entre as mulheres que esperaram com os apóstolos pelo prometido Espírito Santo (Atos 1:14).
Alguns associaram Maria Madalena a “uma mulher da cidade que era pecadora” (Lucas 7:37) que derramou perfume caro nos pés de Jesus em Lucas 7:36–50. Seu nome indica que ela era de Magdala, que tinha uma reputação de prostituição, e Lucas nomeia Maria imediatamente após este relato. Mas não há evidência bíblica para apoiar que as mulheres sejam a mesma pessoa. A Bíblia nunca se refere explicitamente a Maria Madalena como prostituta ou “pecadora”.
Também tem quem diga que ela seja a mulher apanhada em adultério, como está no texto em João 7:53—8:11, e a quem Jesus salva de ser apedrejada. Embora o filme “A Paixão de Cristo” a identifique como essa mulher, não há evidências de que esta mulher seja Maria Madalena.
Maria Madalena e Jesus eram casados?
O romance de ficção “O Código Da Vinci” de Dan Brown afirma que Jesus e Maria Madalena eram casados. Mas isso é FICÇÃO. Não há evidência, bíblica ou de outra forma, de que Jesus tenha sido casado. A Bíblia nunca sugere a ideia de que Jesus e Maria Madalena eram casados. De fato, Jesus jamais se casou nem com Maria Madalena e nem com mulher alguma.
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